11 julho 2012

Breve volta ao mundo em 30 dias: Nova Zelândia

O Monte Cook | Fonte: Flickr
Quem visita o blog constantemente deve ter notado o breve hiatus que, infelizmente, foi decorrente de problemas com a minha conexão e, também, com a falta de tempo em meio à turbulência dos estudos pré-vestibular. Naturalmente, como nenhum de vocês é culpado por isso, só posso me desculpar e me redimir voltando com as postagens da Breve volta ao mundo em 30 dias, mas sem enquetes novas até o final desta semana, quando tudo deve começar a normalizar.


Fonte: Taringa
Sendo assim, na margem dos países mais votados (contam os votos no Facebook e no blog), falaremos hoje da Nova Zelândia, outro país do Novíssimo Continente, a Oceania (já falamos da Austrália), dono de uma cultura muito rica e de assuntos rigorosamente selecionados que, com toda a certeza, haverão de interessar os mais curiosos leitores.

Apesar de ter uma história continental que data de milhões de anos atrás - quando o mundo ainda era dividido entre Laurásia e Gondwana (algum tempo após a primeira fragmentação da Pangeia) -, podemos avançar e dizer que a parcela mais significativa da história neozelandesa teve seu início em meados de 1300, com a chegada dos povos polinésios, os Maori ou habitantes originais da terra. Determinantes de uma cultura que permanece enraizada nos costumes nacionais até hoje, atribuíram ao país o nome de Aotearoa ou, em português, a Terra da Longa Nuvem Branca, em razão de suas montanhas elevadas com topos repletos de neve.

Diversidade nas paisagens neozelandesas | Fonte: Destination 360
O primeiro contato da civilização europeia com as duas ilhas isoladas da Nova Zelândia, contudo, foi semelhante àquele com a Austrália. Pioneiramente, em 1642, o holandês Abel Tasman descobriu a existência daquela terra e a apelidou de Nova Zelândia (Nieuw Zeeland, em seu idioma máter), não dispondo da coragem de, entretanto, aportar em seu solo por conta da hostilidade Maori. Foi apenas em 1769, então, que o britânico James Cook deu início à colonização europeia no país, mapeando seu território de norte a sul e trazendo consigo novos europeus que, mais tarde, viriam a se interessar pela descoberta do ouro em terras neozelandesas, incentivando também a imigração chinesa e asiática, em geral. Apenas em 1907, a 26 de setembro (meu aniversário), a Nova Zelândia tornou-se independente da Coroa Britânica, passando a compor a Commonwealth, mas exercendo soberania própria.

Apesar dos muitos conflitos ocorridos entre os nativos e os imigrantes, ao contrário do ocorrido com os australianos e seus descendentes originais - os aborígenes -, a população Maori na Nova Zelândia ainda representa um percentual de 14% do total e, de alguma forma, muitos de seus costumes estão intrincados na cultura do país, abrangendo desde as artes plásticas até os esportes, como o rugby, o qual veremos mais à frente. 

Auckland: a 5ª melhor cidade do mundo para se viver | Fonte: Flickr
Informações gerais
De excelente IDH e uma educação que a fazem ser procuradas por estudantes de todo o mundo, a Nova Zelândia é uma ótima opção para quem estiver em busca de programas de intercâmbios. Também sua moeda nacional, o dólar neozelandês, tem valor de câmbio mais barato em relação ao real, uma da ressalvas para o turista. Com um território não tão grande quanto o dos vizinhos australianos, o país tem cerca de 5 milhões de habitantes, estando a maior parte deles concentrada na ilha norte, na qual ficam, por exemplo, a capital Wellington e a cidade mais populosa, Auckland. O idioma, novamente como uma antiga colônia britânica, é o inglês. 

Nova Zelândia e suas belezas radicais
O bungee jumping: paixão nacional | Fonte: Tumblr
Estando situado numa região de clima temperado, o país abriga em seu território diversas paisagens naturais ainda inexploradas pelo homem, daquelas de tirar o fôlego por seu apelo muitas vezes paradisíaco. Ao visitar a Nova Zelândia, podemos encontrar desde praias de águas claríssimas, até grandes vulcões, enormes florestas, gêiseres, lagos profundos e cordilheiras cujos picos estão repletos das famosas neves eternas.

Lá também é a terra nativa de atrações mundiais como o bungee jumping, além do grande incentivo que dá a outros esportes radicais como mountain bike, snowboarding, rafting, caiaque, montanhismo, balonismo, canoagem, trecking e, numa categoria um pouco diferente, o rugby, desporto no qual os neozelandeses são conhecidos por sua liderança à frente dos All Blacks.

O Senhor dos Anéis | Fonte: Gulfnews
Locações neozelandesas para O Senhor dos Anéis e As Crônicas de Nárnia
Como muitos fãs provavelmente o sabem, grande parte da trilogia O Senhor dos Anéis foi filmada no território da Nova Zelândia, pelo fato de o país abrigar em seu território diversas paisagens que remetiam à Terra Média descrita tantas vezes por Tolkien em A Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei. O itinerário das locações da épica trajetória de Frodo é feito por muitos fãs e seguidores até hoje no país. Pode-se partir, da Ilha Norte para a Sul, passando por Matamata, onde fica o condado dos Hobbits; Tongariro National Park, a torre de Sauron e a cidade dos orcs; Wellington, capital de diversas paisagens; Nelson, cervejaria dos Hobbits; Arrowtown, vilas dos elfos e trechos de belíssimas florestas; Monte Cook National Park, um dos mais presentes ao fundo dos cenários, no qual localizam-se as Minas Tirith.

As Crônicas de Nárnia | Fonte: Arteview
Mas não apenas do mundo de Tolkien pôde participar a Nova Zelândia. Também incluída nas adaptações cinematográficas da série de C.S. Lewis, As Crônicas de Nárnia, os espectadores podem observar paisagens naturais do país no terceiro e último filme lançado, Viagem ao Peregrino da Alvorada, filmadas em Flock Hill e Elephant Rocks.

Curiosidades
- No ano de 1893, a Nova Zelândia foi o primeiro país a dar o direito de votos às mulheres.
- Os neozelandeses também podem ser chamados de Kiwis. Não pela fruta, que é originária do país mesmo, mas pela cultura maori.
- A primeira pessoa a chegar ao topo do Everest foi o neozelandês Edmund Hillary, em 1953.
- Na bandeira do país, está estampada a constelação do Cruzeiro do Sul.
- Na Nova Zelândia, existe o único papagaio que não voa: o Kakapo.

Fontes:






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