02 julho 2012

Breve volta ao mundo em 30 dias: Inglaterra


Tendo recebido maior quantidade de votos tanto aqui no blog, quanto no Facebook, começamos a Breve volta ao mundo em 30 dias num destino que tem o típico charme e a tradição europeia atrelados: a terra da Rainha, dos ônibus e cabines vermelhas, dos Beatles e da adorável capitão londrina... Inglaterra!

Situada no Reino Unido, juntamente à Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales, a Inglaterra exerce grande influência sobre os outros três países da ilha, abrigando em suas terras o centro da monarquia parlamentarista, a rainha Elizabeth II que, aos 86 anos, é a ordem suprema não apenas na Grã-Bretanha, mas também em algumas antigas colônias inglesas, como Austrália, Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Ilhas Salomão e Tuvalu.

Conquistada em 1066 por um exército sob a liderança de Guilherme, o Conquistador (William, The Conqueror), berço do principal idioma da família anglo-saxônica, do futebol, do tênis e de tantos pródigos artistas, a Inglaterra também foi palco de importantíssimos momentos históricos como o ponto de partida das Grandes Navegações, o início da Igreja Anglicana e a Revolução Industrial, que marcaria a história do capitalismo globalizado. Grande influenciadora do mundo ocidental desde seu antigo início, fica fácil, a uma primeira vista, compreender o motivo de tanto fascínio.

Informações gerais
A Inglaterra possui atualmente cerca de 51 milhões de habitantes e um território não muito maior que o dobro do estado de São Paulo, dividido em condados. Sua língua oficial, naturalmente, é o inglês e a moeda em circulação é a libra esterlina, sendo um dos poucos países da União Europeia a recusar a adoção do euro. 
Apesar de apresentar grandes contrastes sociais, o elevado IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) faz da Inglaterra um país ideal para se morar. Bastante procurada por jovens de todas as partes do mundo em nome de sua tradição universitária, abriga também a população "menos idosa" de toda a Europa, tendo um pouco mais de viço em seus índices do que todo o Velho Continente.

Londres: a cidade cinza
Uma das principais capitais do mundo, Londres também é uma cidade caríssima, em todos os sentidos possíveis pelo grande número de turistas que recebe anualmente: só a Trafalgar Square (praça no centro de Londres que celebra a Batalha de Trafalgar), em 2006, recebeu cerca de 15 milhões de turistas, deixando para trás até mesmo um dos parques do famosos complexo Disney, na Flórida, o Disneyland Park. 
Entre as principais atrações turísticas, encontramos o relógio Big Ben, o rio Tâmisa, o London Eye, o Palácio de Buckingham, o Museu de Cera Madame Tussauds, além de alguns símbolos turísticos típicos do país, como os ônibus vermelhos de dois andares, as cabines telefônicas e as construções cinzas que dão renome à cidade. O clima londrino também influencia bastante na fama cinzenta: com longos períodos de neblina (a fog), tempo nublado e chuva, estimula-se que, até mesmo no verão, saia-se com um casaco na bolsa. Nunca se sabe quando Londres pode mudar.

Tradição literária: William Shakespeare, Jane Austen, Emily Brontë, Conan Doyle, Agatha Christie e por aí vai...
Provavelmente por sua tradição acadêmica com as renomadas Oxford e Cambridge, a Inglaterra foi e continua a ser a nação de muitos pensadores e escritores notáveis.

Vagando um pouco por sua história, podemos dizer que um dos principais expoentes literários ingleses e inspirador da literatura mundial tenha sido William Shakespeare (1564-1616), o maior dramaturgo de todos os tempos. Concebidas pela mente shakesperiana, temos obras eternizadas no meio artístico tais quais Romeu e Julieta, Sonhos de uma Noite de Verão, Otelo, O Mercador de Veneza, Hamlet e muitas outras compreendidas e interpretadas em todo o mundo até os dias de hoje.

Em Jane Austen (1775 - 1817), temos o exemplo da conquista da mulher em âmbito intelectual. Extremamente valorizada por seus trabalhos, como Orgulho e Preconceito, Razão e Sensibilidade, Emma e A Abadia de Northanger, por exemplo, foi e ainda é a heroína de muitas inglesas e leitoras num meio machista de vida.

Emily Brontë (1818 - 1848) viveu apenas 30 anos e, neste breve espaço vital, fez parte do grupo de Austen em sua ousadia ao escrever uma obra tão distinta, ainda que sob um pseudônimo, numa sociedade em que a visão masculina imperava. Autora de único livro em prosa, é tida na mais alta estima literária pelo romântico e complexo O Morro dos Ventos Uivantes.

Não muitos anos mais tarde, surge Conan Doyle (1859 - 1930), marco da literatura policial inglesa com a criação do atemporal Sherlock Holmes - inspirado por um dos professores acadêmicos do autor, Joseph Bell, com prováveis influências também do sombrio Edgar Allan Poe - um dos detetives mais queridos pela sociedade literária em geral, ao lado de seu companheiro, o dr. Watson. Adaptados diversas vezes para as telonas e para a televisão, não é difícil encontrar por aí um exemplar de Um Estudo em Vermelho, O Cão dos Baskervilles ou O Signo dos Quatro.

Tendo escrito também sobre o pseudônimo de Mary Westmacott, Agatha Christie (1890 - 1976), com seus vastos conhecimentos no âmbito policial, é tida até hoje como a Rainha do Crime, preferida por muitos leitores a Conan Doyle, por exemplo. Criadora de personagens como Miss Marple, Hercule Poirot e Tommy, escreveu em 56 anos de vida mais de 80 livros, sendo, segundo o Guinness, é a autora mais vendida de todos os tempos com obras como O Caso dos Dez Negrinhos, O Assassinato de Roger Ackroyd, Assassinato no Expresso Oriente e A Ratoeira.

Mais recentemente - por que não citar? - temos outra notável escritora: J.K. Rowling (nascida a 1965), da série que acompanhou a infância e a adolescência de muitos de nós, Harry Potter, aclamada por todo o mundo como um conjunto de histórias cativantes e inesquecíveis... Mágicas!


Curiosidades
- Ao contrário do que muita gente pensa, aquela bandeira azul, branca e vermelha normalmente estampada em pôsteres, bolsas, sapatos, roupas, chaveiros e todo outro objeto possível não é inglesa. Esta bandeira, na verdade, representa todo o Reino Unido, sendo, inclusive, uma união gráfica das bandeiras da Inglaterra, da Escócia e da Irlanda do Norte. A bandeira inglesa é apenas vermelha e branca, como se vê ao lado.
- A origem do famoso chá inglês é, na verdade, portuguesa. Acredita-se que, em 1662, Catarina, a princesa portuguesa, tenha chegado à Inglaterra resfriada, pedindo por uma bebida quente. A criadagem nacional ainda não conhecia o chá e, desta maneira, as damas de companhia da princesa ensinaram a produzir a bebida com ervas trazidas de Portugal. E o chá, por sua vez, nasceu mesmo na China.

Fontes:

Uma boa segunda-feira a todos,


0 comentários: