27 fevereiro 2013

Post Mortem, de Patricia Cornwell

Patricia Cornwell é um premiada escritora estadunidense, ganhadora de prêmios como o Galaxy British Book Awards e o Sherlock Award, dado à sua personagem, Kay Scarpetta, por melhor detetive criado por um escritor estadunidense. Em seu romance de estreia, Post Mortem, Patricia inaugura sua série de romances policiais protagonizados por Kay.

Kay Scarpetta é médica-legista e chefe do Departamento de Medicina Legal da Polícia de Richmond, muitas vezes subestimada por seus colegas pelo fato de ser mulher. É extremamente inteligente e comprometida com seu trabalho. Kay está envolvida na investigação de uma série de casos de estupro e estrangulamento que tem aterrorizado toda a cidade de Richmond. 

Post Mortem é um thriller incrível onde, desde o primeiro momento, se sente o clima de suspense e mistério que paira sobre o escritório da doutora. Além de dedicar-se quase que completamente a pesquisas forenses que ajudem na investigação do caso, a médica-legista ainda tem que lidar com a sabotagem de sua investigação, o que a torna cada vez mais descrente em sua própria capacidade de trabalho. Kay tem como parceiro em sua investigação Pete Marino, um policial conservador e preconceituoso, que, por muitas vezes, duvida de sua capacidade de julgamento apenas por ser uma mulher. 

A Doutora Kay é uma mulher solitária que sente a necessidade de suprir a falta de carinho que sua sobrinha, Lucy, recebe em casa. Lucy é uma garota extremamente inteligente e conhecedora de sistemas computacionais cuja mãe não dá lhe atenção. Só durante esse primeiro livro são citados três relacionamentos não saudáveis de Dorothy, mãe de Lucy, o que faz com que a menina seja extremamente sentimental e sofra de uma pequena síndrome de abandono. 

Eu não posso deixar de falar o quanto estou apaixonada pela capa desse livro, mas, infelizmente, não achei nenhuma imagem que faça jus à sua beleza. O livro é de uma riqueza de detalhes incrível e a cada capítulo que lia, me interessava, cada vez mais, por seus personagens e suas personalidades completamente distintas. A narrativa de Cornwell é clara e precisa, induzindo o leitor a tirar suas próprias conclusões sobre o caso e interpretar à sua própria maneira as pistas dadas durante o texto. 

Durante a investigação dos assassinatos em série, a única pista que pode levar Kay ao assassino é um estranho brilho, visto apenas sob um laser, que é encontrado nas cenas do crime e no corpos das vítimas. A substância desconhecida, que brilha sob o laser, é a maior chance que a Doutora Scarpetta tem de encontrar o assassino, mas uma busca com essas não é fácil quando não se sabe em quem confiar.

Fernanda Evangelista

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